Diagnóstico Psicopedagógico
O objetivo desse artigo é conhecer os fundamentos que regem a psicopedagogia, bem como a atuação do psicopedagogo clínico junto à mesma. Nesse artigo buscaremos conhecer e aprofundar sobre o diagnóstico psicopedagógico, elencando as várias interferências que contribuem com as problemáticas do indivíduo bem como os testes capazes de fazer diagnósticos com o intuito de saná-las eficazmente.
ABSTRACT
The aim of this paper is to understand the fundamentals governing the educational psychology as well as the performance of clinical psychoeducator next to it. In this article we will seek to know and deepen on the diagnosis psychology, listing the various interferences that contribute to the problems of the individual as well as diagnostic tests capable of doingin order to solve them effectively.
Introdução
A psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem humana, fator este que se originou da necessidade de resolver as dificuldades de aprendizagem. Para tanto, devemos salientar que o estudo e a prática da psicopedagogia vão além dos limites da Psicologia e da Pedagogia, pois conta com uma gama de informações que abrangem as diversas áreas do conhecimento como a psicanálise, filosofia, sociologia, neurologia, dentre outras.
Essas importantes áreas de estudo permitem que a psicopedagogia se complemente dando a ela várias faces e múltiplos olhares. Sendo assim, a psicopedagogia torna-se um campo de estudo multidisciplinar que não se restringe à psicologia bem como à pedagogia.
O psicopedagogo, consequentemente torna-se um profissional multidisciplinar também. Esse fator permite que o mesmo adquira conhecimentos de diversas áreas de estudo e complemente sua intervenção psicopedagógica, podendo assumir uma prática preventiva ou terapêutica, relacionando-se com campos ligados à saúde e educação.
No que diz respeito à definição do termo psicopedagogia, seus fundamentos e as correntes teóricas que a embasa observa-se que alguns psicopedagogos brasileiros denotam a psicopedagogia como uma área de aplicação e estudo multidisciplinar que tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, definindo seu objeto de estudo e delimitando seu campo de atuação.
O campo de atuação do psicopedagogo refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas especialmente ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, o lugar deste campo de atividade e o modo de abordar o seu objeto de estudo. O trabalho clínico não deixa de ser preventivo, uma vez que, ao tratar alguns transtornos de aprendizagem, pode evitar o aparecimento de outros. O trabalho preventivo, em uma abordagem psicopedagógica, é sempre clínico e, por sua vez, não deixa de resultar em um trabalho teórico. Tanto na prática preventiva como na clínica, o profissional procede sempre embasado no referencial teórico adotado. (PORTO, 2007).
Desta forma, o trabalho psicopedagógico pode, certamente, ter um caráter assistencial. Isso acontece quando, por exemplo, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração, direção e evolução de planos, programas e projetos no setor de educação e saúde, integrando diferentes campos do conhecimento.
A psicopedagogia ocupa-se, assim, de todo o contexto da aprendizagem, seja na área clínica, preventiva, assistencial, envolvendo elaboração teórica no sentido de relacionar os fatores envolvidos nesse ponto de convergência em que opera. (BOSSA, 2000, p. 30)
Entende-se que o psicopedagogo atua intervindo como mediador entre o sujeito e a sua história traumática, ou seja, a história que lhe causou a dificuldade de aprender. O profissional deve tomar ciência do problema de aprendizagem e interpretá-lo para a devida intervenção. O psicopedagogo auxiliará o sujeito a reelaborar sua história de vida, reconstruindo fatos que estavam fragmentados.
Para que o trabalho do psicopedagogo se concretize de uma maneira mais eficaz é necessário que o mesmo tome conhecimento dos procedimentos e testes de aplicação de diagnóstico pelo qual chamamos de Diagnóstico Psicopedagógico. Todo diagnóstico psicopedagógico é uma investigação. Nessa investigação pretende-se obter uma compreensão global do indivíduo, bem como sua forma de aprender e dos desvios que estão ocorrendo nesse processo.
1 Fundamentos da Psicopedagogia
O termo psicopedagogia atualmente se apresenta com uma característica especial. À primeira vista, o termo sugere algo como uma aplicação da Psicologia à Pedagogia, porém essa definição não reflete o real significado do mesmo.
Segundo Lino de Macedo: O termo já foi inventado e assinala de forma simples e direta uma das mais profundas e importantes razões da produção de um conhecimento científico, a Psicopedagogia que nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem, não se basta como aplicação da Psicologia à Pedagogia. (...) sendo assim, pode-se ser definido como aplicação da psicologia experimental à pedagogia. (MACEDO apud BOSSA, 2000, P.17)
A psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem humana. Surgiu da demanda dos problemas de aprendizagem e se situou além dos limites da Pedagogia e da Psicologia. Os diversos autores que tratam da Psicopedagogia enfatizam o seu caráter interdisciplinar. A psicopedagogia como área de aplicação, tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, definir o seu objeto de estudo, delimitar seu campo de atuação e, para isso, recorre à Psicologia, Psicanálise, Fonoaudiologia, Medicina, Pedagogia. Pelo fato de lidar com essa interdisciplinaridade, a psicopedagogia causou um estado de confusão por causa da utilização de toda uma polissemia aplicada a um só termo.
Apesar desse fato, alguns psicopedagogos brasileiros descrevem a psicopedagogia da seguinte maneira:
(...) o objeto central de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos - bem como a influencia do meio (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento. (KIGUEL apud BOSSA, 2000, p.19)
(...) a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais, procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. (NEVES apud BOSSA, 2000, p.19)
(...) a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades e, em uma ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando- os. (SCOZ apud BOSSA, 2000, p.19)
Então, por causa da complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudo. Essas considerações em relação ao objeto de estudo da psicopedagogia sugerem que há certo consenso quanto ao fato de eu ela deve ocupar-se em estudar a aprendizagem humana. É importante, no entanto, ressaltar que a concepção de aprendizagem é resultado de uma visão de homem, e é em razão desta que acontece a práxis psicopedagógica.
Segundo (VISCA apud BOSSA, 2000, p.25), "a Psicopedagogia foi se perfilando como um conhecimento independente e complementar, por assimilação recíproca das contribuições das escolas psicanalíticas, piagetiana e da Psicologia Social de Enrique Pichón-Riviére".
Desta forma, entende esse autor ser possível compreender a participação doas aspectos afetivos, cognoscitivos e do meio que confluem no aprender do ser humano. Atualmente, a psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem segundo a qual participa desse processo um equipamento biológico com disposições afetivas e intelectuais que interferem na forma de relação do sujeito com o meio, sendo que essas disposições influenciam e são influenciadas pelas condições socioculturais do sujeito e do seu meio.
Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia implica refletir sobre as suas origens teóricas, ou seja, revisar velhos impasses conceituais que atuam na ação e na atuação da Pedagogia e da Psicologia no apreender do fenômeno educativo. Da Pedagogia, a Psicopedagogia traz as indefinições e contradições de uma ciência cujos limites são os da própria vida humana. Envolve simultaneamente, o social e o individual em processos tanto transformadores quanto reprodutores. Da Psicologia, a Psicopedagogia herda o velho problema do paralelismo psicofísico, um dualismo que ora privilegia o fisco (observável), ora o psíquico (a consciência).
Essas duas áreas não são suficientes para apreender o objeto de estudo da Psicopedagogia - o processo de aprendizagem e suas variáveis - e nortear a sua prática. Dessa forma, recorre-se a outras áreas como a Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Linguística e a Psicanálise, no sentido de alcançar compreensão desse processo.
O termo psicopedagogia atualmente se apresenta com uma característica especial. À primeira vista, o termo sugere algo como uma aplicação da Psicologia à Pedagogia, porém essa definição não reflete o real significado do mesmo.
Segundo Lino de Macedo: O termo já foi inventado e assinala de forma simples e direta uma das mais profundas e importantes razões da produção de um conhecimento científico, a Psicopedagogia que nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem, não se basta como aplicação da Psicologia à Pedagogia. (...) sendo assim, pode-se ser definido como aplicação da psicologia experimental à pedagogia. (MACEDO apud BOSSA, 2000, P.17)
A psicopedagogia tem como objeto de estudo a aprendizagem humana. Surgiu da demanda dos problemas de aprendizagem e se situou além dos limites da Pedagogia e da Psicologia. Os diversos autores que tratam da Psicopedagogia enfatizam o seu caráter interdisciplinar. A psicopedagogia como área de aplicação, tem procurado sistematizar um corpo teórico próprio, definir o seu objeto de estudo, delimitar seu campo de atuação e, para isso, recorre à Psicologia, Psicanálise, Fonoaudiologia, Medicina, Pedagogia. Pelo fato de lidar com essa interdisciplinaridade, a psicopedagogia causou um estado de confusão por causa da utilização de toda uma polissemia aplicada a um só termo.
Apesar desse fato, alguns psicopedagogos brasileiros descrevem a psicopedagogia da seguinte maneira:
(...) o objeto central de estudo da Psicopedagogia está se estruturando em torno do processo de aprendizagem humana: seus padrões evolutivos normais e patológicos - bem como a influencia do meio (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento. (KIGUEL apud BOSSA, 2000, p.19)
(...) a psicopedagogia estuda o ato de aprender e ensinar, levando sempre em conta as realidades interna e externa da aprendizagem, tomadas em conjunto. E, mais, procurando estudar a construção do conhecimento em toda a sua complexidade, procurando colocar em pé de igualdade os aspectos cognitivos, afetivos e sociais que lhe estão implícitos. (NEVES apud BOSSA, 2000, p.19)
(...) a psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades e, em uma ação profissional, deve englobar vários campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando- os. (SCOZ apud BOSSA, 2000, p.19)
Então, por causa da complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à Psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias, as quais incidem sobre os seus objetos de estudo. Essas considerações em relação ao objeto de estudo da psicopedagogia sugerem que há certo consenso quanto ao fato de eu ela deve ocupar-se em estudar a aprendizagem humana. É importante, no entanto, ressaltar que a concepção de aprendizagem é resultado de uma visão de homem, e é em razão desta que acontece a práxis psicopedagógica.
Segundo (VISCA apud BOSSA, 2000, p.25), "a Psicopedagogia foi se perfilando como um conhecimento independente e complementar, por assimilação recíproca das contribuições das escolas psicanalíticas, piagetiana e da Psicologia Social de Enrique Pichón-Riviére".
Desta forma, entende esse autor ser possível compreender a participação doas aspectos afetivos, cognoscitivos e do meio que confluem no aprender do ser humano. Atualmente, a psicopedagogia trabalha com uma concepção de aprendizagem segundo a qual participa desse processo um equipamento biológico com disposições afetivas e intelectuais que interferem na forma de relação do sujeito com o meio, sendo que essas disposições influenciam e são influenciadas pelas condições socioculturais do sujeito e do seu meio.
Conhecer os fundamentos da Psicopedagogia implica refletir sobre as suas origens teóricas, ou seja, revisar velhos impasses conceituais que atuam na ação e na atuação da Pedagogia e da Psicologia no apreender do fenômeno educativo. Da Pedagogia, a Psicopedagogia traz as indefinições e contradições de uma ciência cujos limites são os da própria vida humana. Envolve simultaneamente, o social e o individual em processos tanto transformadores quanto reprodutores. Da Psicologia, a Psicopedagogia herda o velho problema do paralelismo psicofísico, um dualismo que ora privilegia o fisco (observável), ora o psíquico (a consciência).
Essas duas áreas não são suficientes para apreender o objeto de estudo da Psicopedagogia - o processo de aprendizagem e suas variáveis - e nortear a sua prática. Dessa forma, recorre-se a outras áreas como a Filosofia, a Neurologia, a Sociologia, a Linguística e a Psicanálise, no sentido de alcançar compreensão desse processo.
Parabéns, seu blog é maravilhoso, amei conhecer ... estou levando comigo algumas postagens, darei os devidos créditos, um grande abraço e parabéns mais uma vez!
ResponderExcluirParabéns.
ResponderExcluirSeu blog é encantador.
Obrigada, tenho aprendido muito com ele.
Onde encontro o teste Aperceptivo Infantil Psicopedagógico?
ResponderExcluirParabéns seu blog é muito eficiente nas informações.
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