8 de out. de 2012

DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (DPAC)

PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL


• O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?
É o processo de decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa até o córtex cerebral, ou seja, a capacidade de analisar, associar e interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da audição.


• O QUE É UM DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (DPAC)?
É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas, mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem.


• A CRIANÇA PODE APRESENTAR DPAC SE DEMONSTRAR ALGUMAS DESTAS MANIFESTAÇÕES:
- Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Solicita com freqüência a repetição das informações: Ah? O quê?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou idéias abstratas;
- Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números e etc.
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo.
- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/)
- Dificuldade em localizar a origem dos sons.


• O QUE PODE CAUSAR O DPAC?
- Genética um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes.
- Otites freqüentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida (Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados).
- Permanência em UTI-Neonatal por mais de 48 horas.
Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.


• COMO DIAGNOSTICAR O DPAC?
É necessário que a criança ou adulto marque uma avaliação do PAC . Será feita uma detalhada entrevista em 2 (duas) sessões, testes especiais para avaliar a audição central. Após 15 (quinze) dias úteis será feita nova entrevista para devolução, prognóstico e orientação.


O primeiro passo para o diagnóstico, orienta a especialista, é a avaliação audiológica básica (audiometria tonal, audiometria vocal e imitanciometria) para verificar o quanto a pessoa escuta e se há ou não líquido e inflamação no ouvido. 

Depois, então, faz-se o exame de avaliação do processamento auditivo central (PAC) para detectar se há desordem, qual o tipo e o grau de severidade. O exame é feito dentro de uma cabine acústica com fones de ouvido e dura de 60 a 80 minutos.

Com esse exame, o fonoaudiólogo, especialista em audição, avalia como o cérebro está interpretando as mensagens recebidas, mede a capacidade de conversação do paciente em ambientes ruidosos e mede ainda o nível de alteração e o tipo e local da disfunção no sistema auditivo central.


• TRATAMENTO:

A partir dessas informações muita coisa pode ser feita para ajudar. O tratamento é basicamente o treinamento auditivo com o fonoaudiólogo (especializado em audição e linguagem) para treinar as habilidades auditivas que estão alteradas. Em muitos casos o tratamento é multiprofissional, com apoio de psicólogos, psicopedagogos, neuropediatras e otorrinolaringologistas. 

A duração depende do paciente, mas em geral o tratamento é de médio a longo prazo, podendo variar de seis meses a dois anos dependendo do tipo e grau da severidade. 

Dicas para os pais de crianças com DPAC

- a criança deve ter incentivo para melhorar a auto-estima;

- barulhos e ruídos prejudicam mais ainda a concentração dessas crianças, portanto é importante evitar na hora dos estudos, tanto em casa quanto na escola, espaços com poluição sonora;

- na escola, é preferível que a criança se sente o mais perto possível do professor e se mantenha afastado de portas e janelas para ficar mais protegida dos barulhos.
fonte: http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com.br/2012/10/processamento-auditivo-central.html

7 comentários:

  1. Otima matéria, curiosidade a criança que tem DPAC, pode obter 100% de cura

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  2. excelente matéria! Agora eu posso entender e lidar com meu neto e procurar ajudá-lo. Gratidão.

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  3. Matéria de grande relevância, pois, além de esclarecer de maneira prática o distúrbio orienta como lidar com DPAC. Israel. DF.

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  4. Olá. Minha filha tem 4 anos e está em fase de avaliação para TDAH, DPAC ou o que quer que seja. Tem como fazer diagnóstico de DPAC com tão pouca idade? Tem algum profissional da área em Brasília? Obrigad.

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    1. olá, minha filha faz um escelente acompanhamento no instituto brasiliense de otorrinolaringologia, no Ed. Dr. Crispim, na Asa Norte. hj ela ja tem 9 anos, mas as suspeitas começaram ainda no jardim de infancia, com 4 anos. não sei se é possível fazer o exame tão pequenininha, o dela so conseguimos diagnostico com 6 anos, por que é um exame cansativo, e tem que ter um nível mínimo de alfabetização. bom, isso a 4 anos atras, não sei se hj já tem algum método mais novo. fica a dica.

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  5. Tenho 58 anos e a dificuldade em entender o que dizem é angustiante demais. Quem se encontra na mesma situação que eu sabe muito bem do que falo. Às vezes dá raiva por não entender o que dizem embora os sons são ouvidos. A impressão que se tem é que falam outra língua; ouvimos porém não entendemos. Por isso nos mantemos calados pq não entendemos o que falam. Aparelhos de surdez não resolvem. Não adianta gastar dinheiro com isso. Se usar vai piorar mais ainda a situação, os barulhos aumentam mas não é possível fazer com que as palavras saiam nítidas e não adianta regular o aparelho. Portanto, não gastem dinheiro com isso, a menos que a pessoa seja surda em parte. Eu tive muitas dificuldades na faculdade. Eu sentava bem à frente das demais carteiras mesmo assim eu não entendia quase nada. A tendência é sempre piorar. Sinto muitos zumbidos que variam de uns 8 ou mais sons ininterruptamente, é realmente angustiante.

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  6. Excelente matéria , ótima orientação para que nós professores possamos identificar e ajudar bastante as dificuldades dos nossos alunos, Observar já é um bom começo.
    Grata.

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