PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL
• O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?
É o processo de decodificação das ondas sonoras desde a orelha externa
até o córtex cerebral, ou seja, a capacidade de analisar, associar e
interpretar as informações sonoras que nos chegam pelo sentido da
audição.
• O QUE É UM DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL (DPAC)?
É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas,
mesmo com audição normal, é totalmente diferente de perda auditiva. Em
geral encontra-se associado a dificuldades de aprendizagem.
• A CRIANÇA PODE APRESENTAR DPAC SE DEMONSTRAR ALGUMAS DESTAS MANIFESTAÇÕES:
- Apresenta dificuldade em manter atenção aos sons;
- Dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita;
- Dificuldade em compreender o que lê;
- Necessidade de ser chamado várias vezes ("parece" não escutar);
- Solicita com freqüência a repetição das informações: Ah? O quê?
- Dificuldade em entender expressões com duplo sentido ou piadas ou idéias abstratas;
- Dificuldade ao dar um recado ou contar uma história;
- Problemas de memória para nomes, datas, números e etc.
- Dificuldade em acompanhar uma conversa, aula ou palestra com outras pessoas falando ao mesmo tempo.
- Problemas de fala (troca /L/R/S/E/CH/)
- Dificuldade em localizar a origem dos sons.
• O QUE PODE CAUSAR O DPAC?
- Genética um grande número de casos é hereditário, pais e filhos apresentam características semelhantes.
- Otites freqüentes durante os 3 (três) primeiros anos de vida
(Processos alérgicos respiratórios, tais como sinusites, rinites e até
mesmo refluxo gastro-faríngeo estão comumente associados).
- Permanência em UTI-Neonatal por mais de 48 horas.
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.
• COMO DIAGNOSTICAR O DPAC?
É necessário que a criança ou adulto marque uma avaliação do PAC . Será
feita uma detalhada entrevista em 2 (duas) sessões, testes especiais
para avaliar a audição central. Após 15 (quinze) dias úteis será feita
nova entrevista para devolução, prognóstico e orientação.
O
primeiro passo para o diagnóstico, orienta a especialista, é a avaliação
audiológica básica (audiometria tonal, audiometria vocal e
imitanciometria) para verificar o quanto a pessoa escuta e se há ou não
líquido e inflamação no ouvido.
Depois, então, faz-se o exame de avaliação do processamento auditivo
central (PAC) para detectar se há desordem, qual o tipo e o grau de
severidade. O exame é feito dentro de uma cabine acústica com fones de
ouvido e dura de 60 a 80 minutos.
Com esse exame, o fonoaudiólogo, especialista em audição, avalia como o
cérebro está interpretando as mensagens recebidas, mede a capacidade de
conversação do paciente em ambientes ruidosos e mede ainda o nível de
alteração e o tipo e local da disfunção no sistema auditivo central.
• TRATAMENTO:
A
partir dessas informações muita coisa pode ser feita para ajudar. O
tratamento é basicamente o treinamento auditivo com o fonoaudiólogo
(especializado em audição e linguagem) para treinar as habilidades
auditivas que estão alteradas. Em muitos casos o tratamento é
multiprofissional, com apoio de psicólogos, psicopedagogos,
neuropediatras e otorrinolaringologistas.
A duração depende do paciente, mas em geral o tratamento é de médio a
longo prazo, podendo variar de seis meses a dois anos dependendo do tipo
e grau da severidade.
Dicas para os pais de crianças com DPAC
- a criança deve ter incentivo para melhorar a auto-estima;
- barulhos e ruídos prejudicam mais ainda a concentração dessas
crianças, portanto é importante evitar na hora dos estudos, tanto em
casa quanto na escola, espaços com poluição sonora;
- na escola, é preferível que a criança se sente o mais perto possível
do professor e se mantenha afastado de portas e janelas para ficar mais
protegida dos barulhos.
fonte: http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com.br/2012/10/processamento-auditivo-central.html
Otima matéria, curiosidade a criança que tem DPAC, pode obter 100% de cura
ResponderExcluirexcelente matéria! Agora eu posso entender e lidar com meu neto e procurar ajudá-lo. Gratidão.
ResponderExcluirMatéria de grande relevância, pois, além de esclarecer de maneira prática o distúrbio orienta como lidar com DPAC. Israel. DF.
ResponderExcluirOlá. Minha filha tem 4 anos e está em fase de avaliação para TDAH, DPAC ou o que quer que seja. Tem como fazer diagnóstico de DPAC com tão pouca idade? Tem algum profissional da área em Brasília? Obrigad.
ResponderExcluirolá, minha filha faz um escelente acompanhamento no instituto brasiliense de otorrinolaringologia, no Ed. Dr. Crispim, na Asa Norte. hj ela ja tem 9 anos, mas as suspeitas começaram ainda no jardim de infancia, com 4 anos. não sei se é possível fazer o exame tão pequenininha, o dela so conseguimos diagnostico com 6 anos, por que é um exame cansativo, e tem que ter um nível mínimo de alfabetização. bom, isso a 4 anos atras, não sei se hj já tem algum método mais novo. fica a dica.
ExcluirTenho 58 anos e a dificuldade em entender o que dizem é angustiante demais. Quem se encontra na mesma situação que eu sabe muito bem do que falo. Às vezes dá raiva por não entender o que dizem embora os sons são ouvidos. A impressão que se tem é que falam outra língua; ouvimos porém não entendemos. Por isso nos mantemos calados pq não entendemos o que falam. Aparelhos de surdez não resolvem. Não adianta gastar dinheiro com isso. Se usar vai piorar mais ainda a situação, os barulhos aumentam mas não é possível fazer com que as palavras saiam nítidas e não adianta regular o aparelho. Portanto, não gastem dinheiro com isso, a menos que a pessoa seja surda em parte. Eu tive muitas dificuldades na faculdade. Eu sentava bem à frente das demais carteiras mesmo assim eu não entendia quase nada. A tendência é sempre piorar. Sinto muitos zumbidos que variam de uns 8 ou mais sons ininterruptamente, é realmente angustiante.
ResponderExcluirExcelente matéria , ótima orientação para que nós professores possamos identificar e ajudar bastante as dificuldades dos nossos alunos, Observar já é um bom começo.
ResponderExcluirGrata.