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Especialista: crianças têm que aprender a ter valores
28 de abril de 2010
Toda criança precisa aprender a ler e ter direito a estudar, mas também precisa ter uma instrução de valores
Reduzir Normal Aumentar Imprimir Toda criança precisa aprender a ler e ter direito a estudar, mas também precisa ter uma instrução de valores. Serão essas duas dimensões, o cognitivo e a construção de valores como respeito e igualdade, que irão fazer a educação. É o que acredita o professor José Francisco Soares, membro do Conselho de Governança do movimento Todos Pela Educação. Em entrevista ao portal, o consultor educacional do Grupo Santillana no Brasil pontuou que a educação vai além dos livros, e que a escola é responsável por apenas uma parte do processo, e que assim como a instituição, a família e a comunidade devem cumprir os seus papeis.
"A escola é responsável direta pela alimentação do lado cognitivo, não que ela deixe de abraçar os outros aspectos, mas a sua maior prioridade é essa. A família, as organizações da sociedade civil e a comunidade devem entrar justamente nessas outras áreas", diz o professor.
O Brasil em uma boa fase
Quanto ao panorama da educação nacional, José avalia que o momento é positivo para o ensino no Brasil, já que o aluno é colocado no foco das iniciativas, sem deixar que os outros envolvidos no processo sejam desassitidos.
"Nós estamos em um momento muito interessante da educação brasileira. A sociedade já entende que é direito de todas as crianças desenvolverem as suas competências cognitivas. Estamos colocando o aluno no centro; queremos uma escola que valorize o estudante. E mesmo sem precisar tirar os professores e demais envolvidos do olhar, é importante enxergar que quando a criança não aprende, é sinal de falha neste processo de ensino", pontua Francisco.
Em relação as carências do sistema educacional brasileiro, o conselheiro do Todos Pela Educação é direto: "Nós temos tudo que precisamos, mas não usamos tudo que temos. A educação nacional precisa de rotina, a escola precisa funcionar todos os dias, o professor precisam estar presentes e o aluno envolvido. Nós só precisamos usar os recursos que temos".
Diversidade pedagógica
Quando questionado sobre a aplicabilidade dos instrumentos de educação no processo de aprendizagem, José afirma que é necessária a adequação dos caminhos pedagógicos, que têm como objetivo o aprendizado, para cada situação.
"Nesse momento, o foco é: queremos que a criança aprenda. Então o que é necessário para isso? Materiais didáticos, professores com bons salários e o apoio da família serão os instrumentos direcionados a esse objetivo, que é o conceito da aprendizagem. Porém, se temos uma escola dentro de uma comunidade inserida na periferia de uma grande cidade, ela vai precisar de um arranjo, uma pedagogia diferente de uma instituição no interior de Minas. A diversidade nesse processo será presente, mas o conceito será o mesmo".
E para analisar esses avanços e desafios, Francisco destaca a atuação positiva dos instrumentos avaliativos, como as Cinco Metas da Educação, defendidas pelo movimento TPE. "A meta parte do direitos dos cidadãos e esses instrumentos vão avaliar justamente onde nos encontramos em relação a proximidade com esses direitos. Esses movimento de apoio a avaliação da educação são de grande contribuição, mas não podem substituir o boa injeção pública", conclui.
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