20 de jan. de 2013

Manual - ABA - Análise do Comportamento Aplicada ( Applied Behavior Analysis ; abreviando: ABA )

 http://pt.scribd.com/doc/32334159/Manual-ABA

18 de jan. de 2013

Produção de materiais adaptados - UNIVALI



















Agradecimento a toda equipe de Educação Especial da UNIVALI , em especial a Maria Fernanda d'Ávila da qual me convidou para participar das oficinas.

16 de jan. de 2013

NEUROPSICOPEDAGOGIA - fique por dentro!

Neuropsicopedagogia

Open Mind
Como já havia mencionado em outra postagem, tudo que se relacione a Neuropsicopedagogia, venho trazendo para cá para que conste como referencial de pesquisa para acadêmicos desta área. Portanto, na revista InformAção, de setembro de 2012, editada pela IERGS (Instituto Educacional do Rio Grande do Sul), página 2,  consta uma nota de Destaque sobre a Neuropsicopedagogia, a qual transcrevo abaixo:
     Em meio aos debates sobre a educação inclusiva, um profissional vem sendo cada vez mais procurado por instituições que objetivam oferecer educação de qualidade para crianças e adolescentes com alguma deficiência cognitiva: o neuropsicopedagogo. Aliado a psicopedagogia à neurociência, este especialista possui conhecimento amplo das bases neurológicas do aprendizado e do comportamento, facilitando assim seu estímulo nos diversos contextos e, consequentemente, o sucesso no processo educacional.

    A especialização em neuropsicopedagogia é destinada a profissionais que desejam ampliar as dificuldades de aprendizagem, buscando assim o entendimento da complexidade do ato de aprender. Segundo Fernanda Garcia Perez, especialista em neuropsicologia, a neurociência permite investigar as funções do cérebro: linguagem, atenção, memória de curto prazo, memória de longo prazo, condutas motoras, funções executivas, cognição, além dos aspectos emocionais. “Ela fornece dados objetivos e formula hipóteses sobre o funcionamento cognitivo, atuando como auxiliar na tomada de decisões, fornecendo dados que contribuam para as escolhas de tratamento”, afirma ela.

     O neuropsicopedagogo é o profissional mais capacitado para intervir e reabilitar as funções neurofuncionais alteradas, para que assim seja alcançado o sucesso no processo educacional, conforme Fernanda. Com seu conhecimento em relação às dimensões neurológicas, psicológicas e cognitivas do sujeito, bem como os aspectos afetivos e culturais em que está inserido, esse especialista é capaz de desenvolver um trabalho de acompanhamento mais eficaz, proporcionando assim um processo de aprendizagem eficiente.

     Compreender o cérebro da criança ou do adolescente e e seus processos cognitivos colabora na intervenção, quando necessária, no desenvolvimento linguístico, psicomotor, psíquico e cognitivo destes, estabelecendo, dessa maneira, alternativas no processo educativo para que se tornem possíveis a inclusão e o aprendizagem das crianças com deficiência. Contudo, é importante ressaltar que essa inclusão só acontece quando há um trabalho conjunto de toda uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais que atuam coletivamente para que esses processo aconteça de forma tranquila e segura, respeitando, desse modo, as limitações de cada indivíduo.

NEUROPSICOPEDAGOGIA


             NEUROPSICOPEDAGOGIA

A Neuropsicopedagogia é uma área de conhecimento e pesquisa na atuação interdisciplinar, voltada para os processos de ensino-aprendizagem, que integra avaliação e a intervenção em situações que envolvam esses processos no plano individual ou coletivo. Ela ainda é considerada uma práxis (prática fundamentada em referenciais teóricos) e não uma ciência. Entende-se como: “Área de estudo das neurociências na qual objetiva a análise dos processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil sócio – econômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica frente aos educandos padrões com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais devido a lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquirida.” (ROTTA Apud COSENZA:2010)

ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO

Além das atribuições do psicopedagogo de estudar as características da aprendizagem humana, processos de “ensinagem” e a origem das alterações na aprendizagem promovendo a identificação, diagnóstico, reabilitação e prevenção frente às dificuldades e distúrbios das aprendizagens, o neuropsicopedagogo, mediante seus saberes e conhecimentos em neurociências, poderá elaborar pareceres de encaminhamento para neurologistas, pediatras e psiquiatras, auxiliando-os na identificação diagnóstica, mediante o quadro de sintomas e queixa principal.

 Na Unidade Escolar, irá atuar com os pais mediante a explanação clínica do distúrbio e as condutas a serem desenvolvidas, com intuito de realizar um processo sistêmico de tratamento e intervenção, colocando a família como principal agente prognóstico do sucesso da intervenção. Sempre num trabalho interdisciplinar com o Orientador Educacional. Caso a escola possua esse profissional.

BASES PARA O SURGIMENTO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA:

• Lei 3124/97 – Senado Federal.
• Certificado de especialista com registro no MEC – CNE;
• Estar devidamente registrado na ABPp;

Fontes consultadas:
KRUG, Clarice Luiz. Neuropsicopedagogia e Contextos de Atuação. Novo Hamburgo: CENSUPEG, 2011. Aula expositiva do Curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Educação Inclusiva.
 

Neuropsicopedagogia (informações)

Ana Lúcia Hennemann-Maio/2012
          Nos últimos cem anos, nossa visão de como ocorrem os processos cerebrais vem sofrendo muitas mudanças. Novas concepções de estímulo-aprendizagem vem sendo reformuladas, diante às contribuições das Neurociências. Diferentes campos de conhecimentos perceberam a necessidade de agregar os estudos das neurociências aos seus. Sendo assim, começam a surgir interesse dos mais diversos campos da ciência, tais como: neurobiologia, neurofisiologia, neuroquímica, neuropediatria, neuropsicologia, neuropedagogia e também a Neuropsicopedagogia.
             Para ter a especialização em “neuro” em qualquer área, faz-se necessária jornadas de muito estudo, pesquisa, conhecimento das funções cerebrais. Entretanto, cabe ressaltar que existem neurocientistas clínicos e experimentais, que conforme Bear (2008, p.14)
[...] a pesquisa em Neurociências (e os neurocientistas) pode ser dividida em dois tipos: clínicas e experimentais. Pesquisa clínica é basicamente conduzida por médicos. As principais especialidades dedicadas ao sistema nervoso humano são a neurologia, a psiquiatria, a neurocirurgia e  a neuropatologia (Tabela 1.1). Muitos dos que conduzem as pesquisas clínicas  continuam a tradição de Broca, tentando deduzir as funções das várias regiões do encéfalo a partir dos efeitos comportamentais das lesões. Outros conduzem estudos para verificar os riscos e os benefícios de novos tipos de tratamento.
Fonte: Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso - BEAR.2008

Porém, Bear (2008) ainda apresenta outra tabela com alguns tipos de especialistas que se aliaram aos conhecimentos neurocientíficos, sendo considerados assim, Neurocientistas Experimentais, onde os Neuropsicopedagogos podem se enquadrar.

Fonte: Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso - BEAR.2008

          Numa visão mais abrangente, pode-se dizer que Neuropsicopedagogia é uma ciência que estuda o sistema nervoso e sua atuação no comportamento humano, tendo como enfoque a aprendizagem. A Neuropsicopedagogia procura fazer inter-relações entre os estudos das neurociências com os conhecimentos da psicologia cognitiva e da pedagogia.
         A Neuropsicopedagogia tem sua base na Psicopedagogia, porém conforme Krug (2011) além das atribuições do psicopedagogo de estudar as características da aprendizagem humana, processos de ensinagem e a origem das alterações na aprendizagem promovendo a identificação, diagnóstico, reabilitação e prevenção frente às dificuldades e distúrbios das aprendizagens, o neuropsicopedagogo, mediante seus saberes e conhecimentos em neurociências, poderá elaborar pareceres de encaminhamento para neurologistas, pediatras e psiquiatras, auxiliando-os na identificação diagnóstica, mediante o quadro de sintomas e queixa principal.
        A Neuropsicopedagogia tem as mesmas bases de regulamentação da Psicopedagogia, pautadas nos seguintes documentos:
• Lei 3124/97 – Senado Federal, que pode ser acompanhada a sua tramitação pelo site da Câmara dos Deputados;
        Também as atividades e atribuições do profissional em Psicopedagogia, servem de base para os da Neuropsicopedagogia, conforme dispõe o art. 4º do projeto de lei 3512 de 2008, que regulamenta a função de psicopedagogo:
v intervenção psicopedagógica, que visa a solução dos problemas de aprendizagem;
v realização de diagnóstico psicopedagógico;
v utilização de métodos, técnicas e instrumentos psicopedagógicos para a pesquisa, prevenção, avaliação e intervenção relacionadas à aprendizagem;
v consultoria e assessoria psicopedagógicas;
v apoio psicopedagógico;
v supervisão em trabalhos teóricos e práticos em psicopedagogia;
v orientação, coordenação e supervisão dos cursos de psicopedagogia;
v direção de serviços de psicopedagogia;
v projeção, direção ou realização de pesquisas psicopedagógicas.
           Contudo, os Neuropsicopedagogos possuem um conhecimento melhor estruturado sobre a função cerebral, entendendo a forma como esse cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e elabora todas as sensações captadas pelos diversos elementos sensores para, a partir desse entendimento, poder adaptar as metodologias e técnicas educacionais a todas as pessoas e principalmente, aquelas com características cognitivas e emocionais diferenciadas. Diante desses saberes, os Neuropsicopedagogos poderão desempenhar funções como:
·                     Rever aspectos do desenvolvimento humano a partir das novas descobertas das neurociências;
·                     Enumerar fatores que afetam negativa e positivamente o desenvolvimento neuropsicológico;
·                     Reconhecer aspectos envolvidos nos processos de memória e atenção relativos à aprendizagem;
·                     Compreender os problemas referentes ao Déficit de Atenção e Hiperatividade, transtornos de aprendizagem para que se realizem encaminhamentos pedagógicos pertinentes a cada caso;
·                     Relacionar memória e desenvolvimento destacando recursos que favorecem a aprendizagem;
·                     Assessoramento técnico frente a instituições voltadas ao trabalho de Educação Especial Inclusiva, Atendimento Clínico ou, em mais recente proposta, no apoio ao trabalho com a Saúde Mental.
            De acordo com o Centro-Sul Brasileiro de Pesquisa e Extensão – CENSUPEG, considerada uma das instituições pioneiras no Brasil em ofertar o Curso de Pós-Graduação com Especialização em Neuropsicopedagogia, os profissionais desta área são qualificados para:
• Compreender o papel do cérebro do ser humano em relação aos processos neurocognitivos na aplicação de estratégias pedagógicas nos diferentes espaços da escola, cuja eficiência científica é comprovada pela literatura, que potencializarão o processo de aprendizagem.
• Intervir no desenvolvimento da linguagem, neuropsicomotor, psíquico e cognitivo do indivíduo.
• Adquirir clareza política e pedagógica sobre as questões educacionais e capacidade de interferir no estabelecimento de novas alternativas neuropsicopedagógicas e encaminhamentos no processo educativo.
• Compreender e analisar o aspecto da inclusão de forma sistêmica, abrangendo educandos com dificuldades de aprendizagem e sujeitos em risco social.
         Entretanto, ainda se faz necessária a regulamentação da Neuropsicopedagogia, seguindo assim o exemplo do Conselho Regional de Psicologia, o qual regulamentou o Especialista em Neuropsicologia, porém no site da Associação Brasileira de Psicopedagogia há informações de quais os procedimentos legais para abrir um consultório voltado a prática psicopedagógica.
Fontes de Consulta:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA. Estatuto da associação Brasileira de Psicopedagogia- ABPp. São Paulo, [2012] Disponível online em: http://www.abpprs.com.br/cms/files/estatuto.pdf  Acesso em 18/04/2012
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA. Faq- Mercado de Trabalho e Atuação do Psicopedagogo. São Paulo, [2012] Disponível online em: http://www.abpp.com.br/faq_aspectos.htm Acesso em 18/04/2012
BEAR, F. Mark. CONNORS, Barry. Neurociências: Desvendando o Sistema Nervoso. 3.ed. Porto Alegre, ARTMED, 2008.
BRASIL. Pós-Graduação. Disponível online em: http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=349&id=387&option=com_content&view=article Acesso em 19/04/2012
CAMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei 3.124/97. Disponível em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=19139
Acesso em 22/04/2012
CAMARA DOS DEPUTADOS. Projeto de Lei 3.512/08. Disponível em http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398499
Acesso em 22/04/2012
CENTRO SUL-BRASILEIRO DE PESQUISA, EXTENSÃO E PÓS-GRADUAÇÃO - CENSUPEG. Neuropsicopedagogia Clínica. Disponível online em: http://www.censupeg.com.br/censupeg_site/index.php/onde-atuamos/sc/89-neuropsicopedagogia-clinica Acesso em 10/05/2012
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. Atuação do Psicólogo especialista em Neuropsicologia. Disponível online em http://www.crppr.org.br/download/277.pdf Acesso em 25/04/2012
KRUG, Clarice L. Neuropsicopedagogia e Contextos de Atuação. Novo Hamburgo: CENSUPEG, 2011. Aula expositiva do Curso de Neuropsicopedagogia Clínica e Educação Inclusiva.
RACY, Andrea. VIEIRA, Patrícia. Entrevista com: Dr Marcos Tomanik Mercadante. Associação Brasileira de Psicopedagogia. Disponível online em: http://www.abpp.com.br/entrevistas/06.htm Acesso em 12/05/201
Resolução Nº 02  de 03/2004. Disponível em http://www.jusbrasil.com.br/diarios/286687/dou-secao-3-05-03-2004-pg-120 Acesso em 25/04/2012
fonte: http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br

15 de jan. de 2013

Brasil cria lei federal pelos direitos dos autistas

Brasil cria lei federal pelos direitos dos autistas
Basil-BrasaoNacionalO dia 27 de dezembro de 2012 é um marco histórico na luta pelos direitos dos autistas no Brasil: nesta quinta-feira a presidente Dilma sancionou a lei 12.764, que cria a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo — com veto a três trechos —, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira, dia 28 (veja publicação da lei e das razões dos vetos), que está sendo chamada de "Lei Berenice Piana", em alusão a uma mãe que muito lutou e articulou pela criação de tal legislação (veja a história da lei, publicada na edição dea abril/2012 da Revista Autismo), que "naceu" de uma proposta da população para a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.
A presidente vetou três trechos, um inciso (o IV, do artigo 2°), um parágrafo (o , do artigo 7°) e um artigo (o ), declarando: "Decidi vetar parcialmente, por contrariedade ao interesse público e inconstitucionalidade, o Projeto de Lei no 168, de 2011 (no 1.631/11 na Câmara dos Deputados), que “Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. A decisão teve base, como de praxe, em manifestações de dois ministérios: Educação e Planejamento.
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Temple Grandin fala em entrevista exclusiva para a Revista Autismo
Por Carolina Rafols,
dos Estados Unidos
TempleGrandin4

Revisão da tradução para o português:
Wilson Langeani Filho


Temple Grandin é uma fonte de inspiração para inúmeras famílias e profissionais ao redor do mundo. Atualmente ela é a mais bem sucedida e célebre profissional norte-americana com autismo, altamente respeitada no segmento de manejo pecuário. A dra. Grandin se tornou uma proeminente autora e palestrante sobre o tema autismo porque ela é uma prova viva de que as características de autismo podem ser modificadas e controladas (in Emergence: Labeled Autistic).
Bacharel pelo Franklin Pierce College e com mestrado em Ciência Animal na Universidade Estadual do Arizona, é Ph.D. em Ciência Animal, desde 1989, pela Universidade de Illinois. Hoje ministra cursos na Universidade Estadual do Colorado sobre comportamento de rebanhos e projetos de instalação, além de  prestar consultoria para a industria pecuária em manejo, instalações e cuidado de animais. Já apareceu em diversos programas de televisão [dos Estados Unidos], como 20/20, 48 Hours, CNN Larry King Live, PrimeTime Live, Today Show, e muitos outros em diversos países, também já foi destaque em publicações como a revista People, New York Times, Forbes, U.S. News and World Report, revista Time, o New York Times Book Review e a revista Discover. Em 2010 foi nomeada pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes. A Rádio Nacional dos Estados Unidos transmitiu entrevistas com a dra. Grandin. Ela já escreveu mais de 400 artigos publicados em revistas científicas e periódicos especializados, tantando de manejo de rebanho, instalações e cuidados dos animais. É autora dos livros: Thinking in Pictures, Livestock Handling and Transport, Genetics and the Behavior of Domestic Animals e Humane Livestock Handling. Seus livros Animals in Translation (lançado no Brasil com o título "Na Língua dos Bichos") e Animals Make Us Human (no Brasil: "O Bem-Estar dos Animais") estão na lista dos best sellers do New York Times, sendo que este último também consta na lista dos best sellers do Canadá. Entre os livros da dra. Grandin que tratam do tema autismo, o mais vendido atualmente é  The Way I See It: A personal Look at Autism and Asperger's, também são de sua autoria Unwritten Rules of Social Relantionships e Emergence: Labeled Autistic — [também escreveu uma auto-biografia, lançada no Brasil em 2009 com o título: "Uma Menina Estranha"] (veja seus livros no site em inglês).
A história de sua vida virou também um filme da HBO, Temple Grandin, estrelando Claire Danes. O filme mostra sua vida durante a adolescência e o  inicio da sua carreira.
Em abril, Temple Grandin lançou um novo livro "Different...not Less." Inspirador e informativo, o livro fala sobre formas de melhorar a vida das pessoas com autismo, síndrome de Asperger, e TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade). Ele segue a vida de adultos, muitos diagnosticados tardiamente, e explica como eles se conheceram, seus desafios e tornaram-se pessoas de sucesso!
Segue a entrevista exclusiva para a Revista Autismo, em que Temple Grandin responde a perguntas sobre a importância da intervenção precoce, bons mentores, agressão, e muito mais.

Fonte: http://www.revistaautismo.com.br/
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AUTISMO com Doutor Drauzio Varella

Autismo

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:
* Inabilidade para interagir socialmente;
* Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos;
* Padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
O grau de comprometimento é de intensidade variável: vai desde quadros mais leves, como a síndrome de Asperger (na qual não há comprometimento da fala e da inteligência), até formas graves em que o paciente se mostra incapaz de manter qualquer tipo de contato interpessoal e é portador de comportamento agressivo e retardo mental.
Os estudos iniciais consideravam o transtorno resultado de dinâmica familiar problemática e de condições de ordem psicológica alteradas, hipótese que se mostrou improcedente. A tendência atual é admitir a existência de múltiplas causas para o autismo, entre eles, fatores genéticos e biológicos.
Sintomas
O autismo acomete pessoas de todas as classes sociais e etnias, mais os meninos do que as meninas. Os sintomas podem aparecer nos primeiros meses de vida, mas dificilmente são identificados precocemente. O mais comum é os sinais ficarem evidentes antes de a criança completar três anos. De acordo com o quadro clínico, eles podem ser divididos em 3 grupos:
1) ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
2) o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
3) domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.
Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).
Tratamento
Até o momento, autismo é um distúrbio crônico, mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar.
Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Alguns podem beneficiar-se com o uso de medicamentos, especialmente quando existem co-morbidades associadas.
Recomendações
* Ter em casa uma pessoa com formas graves de autismo pode representar um fator de desequilíbrio para toda a família. Por isso, todos os envolvidos precisam de atendimento e orientação especializados;
* É fundamental descobrir um meio ou técnica, não importam quais, que possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
* Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por menores que sejam; por isso é importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
* Apesar de a tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em determinadas áreas do conhecimento com características de genialidade.

fonte: http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/autismo/

18 de dez. de 2012

Crase não é acento! Conheça os macetes para não errar

Crase não é acento! Conheça os macetes para não errar


por Sérgio Nogueira |
 
 
Você sabia que CRASE não é acento? Crase é a fusão de duas vogais iguais, é a contração de dois “aa”. Acento grave (`) é o sinal que indica a crase (a + a = à).
Para haver crase, é necessário que existam dois “aa”. O primeiro a é preposição; o segundo pode ser:

1)    artigo definido (a/as):
“Ele se referiu a (preposição) + a (artigo) carta.” = “Ele se referiu à carta.”
“Ele entregou o documento a (preposição) + as (artigo) professoras.” = “Ele entregou o documento às professoras.”

2)    pronome demonstrativo (a/as):
“Sua camisa é igual a (preposição) + a (pronome = a camisa) do meu pai.” = “Sua camisa é igual à do meu pai.”
“Ele fez referência a (preposição) + as (pronome = aquelas) que saíram.” = “Ele fez referência às que saíram.”

3)    vogal a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas e aquilo:
“Ele se referiu a (preposição) + aquele livro.” = “Ele se referiu àquele livro.”
“Ele fez alusão a (preposição) + aquelas obras.” = “Ele fez alusão àquelas obras.”
“Prefiro isso a (preposição) + aquilo.” = “Prefiro isso àquilo.”

Observação 1: Se o verbo for transitivo direto, não há preposição, por isso não ocorre crase:
“A secretária escreveu (TD) a carta (OD).” (a = artigo definido)
“Ele não encontrou (TD) as professoras (OD).” (as = artigo definido)
“A testemunha acusou (TD) a da direita.” (a = pronome = aquela da direita)
“Não reconheci (TD) as que saíram.” (as = pronome = aquelas que saíram)
“Nós já lemos (TD) aquele livro (OD).”
“Ainda não vi (TD) aquilo (OD).”

Observação 2: Para comprovarmos a crase, o melhor “macete” é substituir o substantivo feminino por um masculino. Comprovamos a crase se o “à” se transformar em “AO”:
“Ele se referiu à carta.” (=ao documento)
“Ele entregou o documento às professoras.” (=aos professores)
“Sua camisa é igual à do meu pai.” (=seu casaco é igual ao do meu pai)
“Ele fez referência às que saíram.” (=aos que saíram)
Observe a diferença:
“A secretária escreveu a carta.” (=o documento)
“Ele não encontrou as professoras.” (=os professores)
“A testemunha acusou a da direita.” (=o da direita)
“Não reconheci as que saíram.” (=os que saíram)
“Ele se referiu a esta carta.” (=a este documento)
“Tráfego proibido a motocicletas.” (=a caminhões)
Este “macete” não se aplica no caso dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo.

VOCÊ SABIA…

…que secretária, originalmente, é o nome de uma escrivaninha com muitas gavetas e escaninhos para guardar documentos e dinheiro. É provável que quem tomava conta desse móvel, lidando com seu conteúdo,  acabou  sendo conhecido como secretário ou secretária.
A profissão de secretário, no entanto, existe desde antes de Cristo. Era um misto de escriba e soldado, que lutava de dia e fazia o relatório da batalha à noite. Que se sabe, o primeiro homem a escolher uma mulher para a tarefa de registrar suas batalhas foi Napoleão Bonaparte.
A secretária executiva de empresas, como conhecemos hoje, surgiu em 1877, em Nova Iorque. No Brasil, a profissão se firmou na década de 50, quando chegaram aqui as primeiras multinacionais.
Assim sendo, uma secretária, na sua origem, era para guardar segredos…


Dúvida do leitor: “…não respeitará quem se OPOR ou OPUSER…”?
Nesse tipo de construção frasal, devemos usar o verbo no futuro do subjuntivo: “…respeitará quem fizer, quem quiser, quem vier, quem souber…
Portanto, “…não respeitará quem se opuser…”

O DESAFIO

Qual é significado de anemômetro?
O anemômetro mede…
(a)  a velocidade do vento;
(b)  a pressão atmosférica;
(c)  o nível de glóbulos brancos.

Resposta de O DESAFIO:
Letra (a) = Anemômetro é o instrumento que mede a velocidade ou a intensidade do vento e, em alguns casos, a sua direção.

Você sabe qual é o plural de ‘mulherzinha’? E de ‘balãozinho’?


qua, 05/12/12
por Sérgio Nogueira |
categoria Dicas, Gramática
E as “rapidinhas” estão de volta.

1. “Mulherzinhas ou mulherezinhas?”
O plural das palavras cujo diminutivo é feito com o sufixo “zinho” deve obedecer à seguinte regra: 1o) pôr a palavra primitiva no plural (sem o “s”); 2o) acrescentar o sufixo “zinho” mais o “s”.
Observe o esquema: papelzinho – papei+zinho+s = papeizinhos; balãozinho – balõe+zinho+s = balõezinhos; animalzinho – animai+zinho+s = animaizinhos; florzinha – flore+zinha+s = florezinhas.
Assim sendo, segundo a regra, o plural de mulherzinha seria mulherezinhas (mulhere+zinha+s).
Devido ao uso consagrado, entretanto, é aceitável também a forma mulherzinhas. Isso vale para as palavras terminadas em R: florezinhas ou florzinhas, mulherezinhas ou mulherzinhas, barezinhos ou barzinhos, melhorezinhos ou melhorzinhos…

2. “Luzinhas ou luzezinhas?”
No caso das palavras luzinha e cruzinha, o sufixo para o diminutivo é “inho” (a letra “z” pertence à raiz da palavra). Não se aplica, portanto, a regra acima. Basta pôr a desinência “s”: luzinhas e cruzinhas.

3. “Ultrasonografia tem um ou dois esses?”
Segundo o novo acordo ortográfico, quando usamos prefixos dissílabos terminados em vogal (auto, contra, extra, anti, sobre, mini, tele, micro, ultra…), só usamos hífen se a palavra seguinte começa por “h” ou vogais iguais: auto-hipnose, auto-observação, contra-ataque, anti-inflamatório, sobre-erguer, mini-internato, mini-hospital, micro-ondas…
O correto, portanto, é sem hífen: ultrassonografia, com dois esses para manter o som de /s/. Um esse entre duas vogais tem som de /z/.

4. “A palavra meio só varia quando for um adjetivo?”
A palavra meio só varia quando significa “metade”. Em geral, é numeral: “Comeu meia banana”; “Só leu meia página”; “Bebeu uma garrafa e meia de cerveja”; “É meio-dia e meia”. Pode ser adjetivo também: “Disse meias verdades”.

5. “Qual é o plural da palavra modem?”
A palavra modem vem de MODulador/DEModulador. Deve seguir o plural das palavras terminadas em “em”: jovem – jovens; ordem – ordens; homem – homens; modem – modens.
6. “Tem de ou tem que ser feito algo?”
Tanto faz. Em textos mais formais, prefiro “tem de”; em textos mais coloquiais, prefiro “tem que”. As duas formas são aceitáveis.

7. “Comunicamo-lhe ou comunicamos-lhe?”
O uso do pronome “lhe” em ênclise não afeta a forma verbal. Assim sendo, não cortamos o “s”. O certo é “comunicamos-lhe”. Cortamos o “s” quando usamos o pronome “nos”: encontramo-nos, reunimo-nos.

8. “Isso é um problema entre eu e o Pedro OU entre o Pedro e eu?”
Nem uma coisa nem outra. O correto é dizer “entre mim e o Pedro” ou “entre o Pedro e mim”. Por não ser o sujeito da oração, devemos usar o pronome oblíquo tônico (mim) em vez do pronome reto (eu).

9. “Quando podemos utilizar o verbo haver no plural?”
O verbo haver deve ser usado somente no singular quando significa “existir, ocorrer, acontecer” ou quando se refere a “tempo decorrido”: “Haverá muitas pessoas na reunião”; “Houve alguns incidentes”; “Havia dez anos que não nos víamos”.
Em outras situações, o plural é correto: “Os auditores se houveram bem no seu trabalho”; “Os dirigentes houveram por bem adiar a reunião”.
10. “Tudo que fizerem ou tudo o que fizerem?”
Tanto faz. O uso do pronome “o” não é obrigatório. Sem o pronome “o”, o pronome relativo “que” substitui o pronome indefinido “tudo”. Com o pronome “o”, é como se disséssemos “tudo aquilo que fizerem”. Nesse caso, o pronome relativo substitui “tudo aquilo”.
Crítica do leitor
Deu nesta coluna: “É interessante observar a discordância no primeiro caso: para a ABL é choparia; para o Aurélio é choperia. Proponho um chope para discutirmos o assunto.”
Comentário do leitor: “Acho que o senhor incorreu em algo que detesta: reduzir fatos linguísticos a discussões simplistas do tipo certo ou errado. Se ambos os sufixos têm vida corrente na língua, com função e significados idênticos, resta comprovar se a aplicação, escolha ou preferência de um sufixo em relação ao outro, na composição de determinadas palavras, é arbitrária ou resulta de condicionamentos morfofonéticos ou semânticos. A eufonia é que deve, provavelmente, ditar a escolha/exclusão de um ou outro sufixo. Fora isso, nada obstaria, a nosso ver, que se registrassem as duas grafias: uma como variante da outra.”
Também acho. Nada contra choparia ou choperia. Importante mesmo é o chope. Propus o chope exatamente porque não vejo motivo para optar por um e considerar o outro um “erro”. Por que não aceitar as duas formas?

Veja outras regras e observações sobre o uso da vírgula


qua, 28/11/12
por Sérgio Nogueira |
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A pedido dos nossos leitores, vamos continuar dando uma atenção especial às regras e observações sobre o uso da vírgula.


Uso da VÍRGULA – Parte 4
5ª.- A vírgula DEVE ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, de lugar, de modo…) estiver deslocado: “O técnico analisou o problema no seu último relatório.” (ordem direta – sem vírgula); “No seu último relatório, o técnico analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado); “O técnico, no seu último relatório, analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado).
Observação:
Esta regra não é rígida. A vírgula pode ser omitida, principalmente em frases curtas e com adjuntos pequenos: “Ontem, os representantes visitaram o sindicato.” Ou “Ontem os representantes visitaram o sindicato.”

Uso da VÍRGULA – Parte 5
6ª.- A vírgula deve ser usada quando a oração adjetiva é EXPLICATIVA: “Dr. José Cláudio dos Santos, que é o coordenador do projeto, viajou a São Paulo.” “Nossa empresa, que foi fundada em 1988, já apresenta um alto faturamento.” “A natureza deve ser respeitada pelo homem, que é um ser mortal.” (= todo homem é mortal)
Observações:
a) – O APOSTO EXPLICATIVO também deve ficar entre vírgulas: “O coordenador do projeto, Dr. Paulo Henrique de Assis, viajou a serviço.” (=cargo exclusivo); “Nossa empresa, a maior fabricante de calçados do Brasil, pretende desenvolver outras atividades.”
b) – A vírgula DEVE SER EVITADA quando a oração adjetiva é RESTRITIVA: “Devemos respeitar o homem que trabalha.” (não é todo homem que trabalha); “Não encontrei os documentos que você me enviou.” (aqueles que você me enviou).
Observe a importância da vírgula neste caso: “Os funcionários, que se dedicaram à empresa, devem ser aumentados.” (entre vírgulas – oração EXPLICATIVA = todos se dedicaram e serão aumentados) – “Os funcionários que se dedicaram à empresa devem ser aumentados.” (sem vírgula – oração RESTRITIVA = só os que se dedicaram devem ser aumentados).

7ª.- A vírgula deve ser usada para separar o VOCATIVO (expressão de chamamento): “Deve, Sr. Presidente, confiar nestas ideias.” “Meus caros amigos, não sei se fui claro.”
Observe a importância da vírgula: “Dr. José Carlos vem aqui. (sem vírgula – é uma afirmação) – “Dr. José Carlos, vem aqui.” (com vírgula – é um chamamento)
Observações:
Não devemos separar com vírgula:
a) SUJEITO e VERBO: “Os computadores podem acarretar duas consequências.”
b) VERBO e COMPLEMENTOS: “Os computadores podem acarretar duas consequências.” “Comunicamos aos presentes a chegada do Diretor.”
c) ORAÇÃO PRINCIPAL e ORAÇÃO OBJETIVA: “Ele disse que não viria.” “Não sabemos quando eles voltaram.” “Solicitamos a V.Sa. que permaneça na sala.”

Uso da VÍRGULA – Parte 6
8ª.- A vírgula deve ser usada para separar os incisos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…): “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”

9ª.- A vírgula deve ser usada para separar orações intercaladas: “Só o presidente, creio eu, pode resolver este caso.” “A diretoria, convém lembrar, não se reúne há três meses.”

10ª.- A vírgula deve ser usada para separar termos deslocados: “A sala, acredito que já tenha sido alugada.” (acredito que a sala já tenha sido alugada); “Os inspetores, parece que não chegaram.” (parece que os inspetores não chegaram).
Observações:
a) A vírgula também deve ser usada em caso de PLEONASMO ou ANACOLUTO.
1 – Aos empregados, o nosso sucesso lhes devemos. (Pleonasmo=repetição);
2 – Dinheiro, quem não está precisando disto? (Anacoluto).

11ª.- A vírgula pode ser usada também para marcar a supressão do verbo: “Tu buscas a terra e eu, os céus.” (busco); “Ele não nos entende nem nós, a ele.” (entendemos).

12ª.- A vírgula deve ser usada para separar o nome da localidade nas datas: ”Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2012.

DESAFIO
Onde está o erro?
“A empresa entende que deve tornar público os seus princípios e a sua filosofia de vida.”
Resposta:
Há um erro de concordância. O adjetivo “público” se refere aos “princípios” e à “filosofia de vida”. Deve, por isso, concordar no masculino plural: “…tornar públicos os seus princípios e a sua filosofia de vida”.

Veja três dicas com regras simples para usar a vírgula sem erro


qua, 21/11/12
por Sérgio Nogueira |
categoria Dicas, Gramática
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O uso da vírgula é uma eterna dor de cabeça. Em razão disso, para atender aos insistentes pedidos de muitos leitores, voltamos ao assunto.

Uso da VÍRGULA – Parte 1
Regras práticas:
1ª.- A vírgula deve ser usada para separar ENUMERAÇÕES, TERMOS e ORAÇÕES INDEPENDENTES ENTRE SI (núcleos de um sujeito composto, orações coordenadas assindéticas, termos de uma série não ligados pelo conectivo “e”):
1. O diretor, os assessores e os coordenadores se reuniram ontem à tarde.
(núcleos de um sujeito composto);
2. Eles chegaram cedo, discutiram o assunto, resolveram tudo.
(orações coordenadas assindéticas);
3. Necessitamos adquirir canetas, papel, borrachas, lápis.
(enumeração – termos de uma série).
Observe a importância da vírgula neste caso:
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador. (=Ele foi com três pessoas);
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador. (=Agora ele foi só com duas pessoas – O diretor não foi, e a secretária é a do diretor e não do presidente).
2ª.- A vírgula deve ser evitada antes da conjunção aditiva “e”:
1. O diretor e os assessores se reuniram ontem à tarde.
2. Nesta empresa, os funcionários podem trabalhar e estudar.
Observações:
a) – A vírgula deve ser usada antes da conjunção “e” com valor ADVERSATIVO:
Já são dez horas, e (=mas ) a reunião ainda não terminou.
b) – A vírgula deve ser usada quando o conectivo “e” liga orações com sujeitos diferentes:
Os funcionários reclamavam, e a direção atendeu.
c) – A vírgula pode ser usada quando o conectivo “e” tem valor consecutivo ou enfático:
Os trabalhadores se reuniram, discutiram, e decidiram como agir.
Chegou, e viu, e lutou, e venceu finalmente.
d) – O conectivo “e”, em fim de enumeração, tem o valor de terminalidade:
Foram chamados vários funcionários: João Carlos, Pedro Sousa, Luísa e Cláudio Luís. (=Chamaram só estes quatro);
Foram chamados vários funcionários :João Carlos, Pedro Sousa, Luísa, Cláudio Luís.(=Estes são quatro dos que foram chamados. Pode haver mais)
- Não se usa a vírgula antes do conectivo “ou” (conjunção alternativa):
Não sei se ele trabalha ou estuda.

Uso da VÍRGULA – Parte 2
3ª.- A vírgula deve ser usada antes das conjunções ADVERSATIVAS (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto) e CONCLUSIVAS (logo, portanto, por isso, por conseguinte, então): “Ele sempre se dedicou à empresa, porém nunca foi promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, por isso será promovido.”
Observações:
a) – As conjunções ADVERSATIVAS e CONCLUSIVAS, quando deslocadas, devem ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, nunca foi, porém, promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, será, portanto, promovido.”
b) – A conjunção POIS, com o valor CONCLUSIVO, deve ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, será, pois, promovido.” (= portanto)
c) – A conjunção POIS, com o valor EXPLICATIVO ou CAUSAL, pode ou não vir antecedida de vírgula: “Ele deverá ser promovido, pois se dedica à empresa.” (= porque)

Uso da VÍRGULA – Parte 3

4ª – A vírgula PODE ser usada para separar a oração principal da subordinada adverbial (causal, concessiva, condicional, final, temporal…): “Ele foi promovido, porque sempre se dedicou à empresa.”(causal); “Ele foi promovido, embora não se dedicasse muito à empresa.”(concessiva); “Eles só será promovido, caso se dedique mais à empresa.”(condicional); “Ele desenvolveu o projeto, conforme nós orientamos.”(conformativa); “Ele tem se dedicado muito, para que possa ser promovido.”(final); “Ele só assinará o contrato, quando receber toda a documentação.”(temporal).
Observações:
a) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração adverbial estiver deslocada: “Embora não se dedicasse à empresa, ele foi promovido.” “Solicitamos, caso seja possível, o seu comparecimento a este setor.” “Conforme nos foi solicitado, estamos enviando todos os documentos.” “Os computadores, quando foram introduzidos na empresa, trouxeram várias consequências.”
b) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração reduzida* estiver deslocada:
“Encerrado o prazo, adotamos novas medidas.” (reduzida de particípio); “Os representantes, gritando muito, encerraram a reunião.” (reduzida de gerúndio); “Ao reduzir o déficit, pudemos pensar em desenvolvimento.” (reduzida de infinitivo).
*  Oração reduzida não apresenta conectivo e o verbo aparece nas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.


Teste os seus conhecimentos sobre palavras em ‘gauchês’


qua, 14/11/12
por Sérgio Nogueira |
Na última coluna, respondi brilhantemente a um teste que me foi imposto por alguns amigos gaúchos. Muita gente deve ter ficado estarrecida com o extraordinário desempenho da minha memória, afinal eram palavras de um passado distante. Está bem… confesso: eu “colei”. É que eu tenho três exemplares do Dicionário de Porto-Alegrês. Para quem não conhece, trata-se de um dicionário maravilhoso do professor e escritor Luís Augusto Fischer. Obra digna de um gaúcho, pois, como sempre fazemos, mesmo distantes, amamos e valorizamos muito tudo que é nosso.
Aproveito o livro para fazer um pequeno desafio aos meus leitores e mostrar alguns exemplos das nossas particularidades linguísticas.
Primeiro, o teste. Veja se você, caro leitor, consegue traduzir a frase a seguir: “Uma china que era um verdadeiro canhão subia a lomba. Na porta do boteco, um gambá que bebia mais uma ceva solta uma gaitada. E a guria logo perguntou: qual é o teu pastel?”
Vamos às respostas: china (mulher), canhão (mulher muito feia), lomba (ladeira), gambá (bêbado), ceva (cerveja), gaitada (gargalhada), guria (menina), qual é o teu pastel? (que você pretende?, qual é a sua intenção?).
E agora observe as deliciosas definições que o nosso professor Fischer dá para alguns termos tipicamente gaúchos:
“TRI – Advérbio de uso universal em porto-alegrês. Em geral, quer dizer “muito”: um sorvete pode ser “tribom”; uma mulher pode ser “trigostosa”; uma comida pode ser “trirruim”…”
Daí o famoso “trilegal”.
“COREIA – Não sei por que cargas d’água assim se chamava o espaço existente no glorioso Estádio José Pinheiro Borba, popularmente conhecido como Gigante da Beira-Rio, destinado aos torcedores com menos dinheiro, que por isso mesmo ficam de pé o tempo todo. No Rio, no Maracanã, chamava-se a isso de “geral”.”
“COLORADO – Sujeito de alto discernimento espiritual, que prefere torcer por um time de elevados méritos, o Sport Club Internacional, mesmo quando perde. Diferente do gremista, que é um sujeito melancólico, raivoso, de baixa espiritualidade. Vem direto do espanhol, em que tem sentido de “da cor vermelha”, que aliás é linda, sem nenhum preconceito.”
“DEU PRA TI – Expressão das mais interessantes e das menos compreendidas fora daqui. Se alguém diz para outro “deu pra ti”, está dizendo que chegou, que o cara pode cair fora, pode tirar o cavalo da chuva, já foi suficiente…”

DÚVIDAS DOS LEITORES
Leitora quer saber se a frase a seguir está correta: “Sendo que a anuidade e a manutenção do mesmo encontra-se quitado até junho de 2011.”
Temos três observações a fazer:
1. Há um erro de concordância: “…a anuidade e a manutenção encontram-se quitadas…”
2. Em vez de “encontram-se”, melhor seria dizer “estão quitadas”. Em cartas comerciais o verbo “encontrar-se” é usado excessivamente. Virou moda e ficou muito chato.
3. Sugiro também que se evite o uso da palavra “mesmo” como pronome substantivo (=substituindo algum termo anterior). Além de ser um modismo típico de cartas comerciais, caracteriza pobreza vocabular e, em geral, obriga o leitor a reler o texto. É preferível usar sinônimos ou pronomes pessoais.

NORMATIZAR ou NORMALIZAR?
Leitor me critica: “Você reproduziu em sua coluna uma observação na qual se lia ‘…unidades são normatizadas…’ Normatizar? Como você deixou passar em branco uma aberração como essa?”
Meu caro leitor, veja o que diz a novíssima edição do dicionário Aurélio: “NORMATIZAR – Estabelecer normas para; submeter a norma(s).”
Isso significa que o neologismo já está devidamente registrado.
Sei perfeitamente que muitas empresas no Brasil preferem usar apenas o verbo NORMALIZAR, no sentido de “tornar normal” e de “estabelecer normas”.
A maioria, entretanto, prefere fazer a diferença: NORMALIZAR = tornar normal; NORMATIZAR = estabelecer normas.
Se você prefere o verbo NORMALIZAR, eu respeito; no entanto considerar o verbo NORMATIZAR uma aberração são outros quinhentos.

DESAFIOS
1º) Devemos ou não usar o acento da crase na frase:
“Seus 10.000 exemplares ensinam as crianças a importância de respeitar as placas de sinalização, utilizar as passarelas e avisar a concessionária quando há animais soltos na pista.”
Vamos às respostas:
1ª) Devemos “ensinar às crianças a importância de respeitar as placas
de sinalização” (=ensinar aos alunos a importância…);
2ª) Devemos “avisar à concessionária quando há animais soltos na
pista” (=avisar ao responsável quando há animais na pista).

2º) Qual é a forma correta: “Superávit do balanço de pagamentos atinge US$1,3 BILHÃO ou BILHÕES”?
Resposta: US$ 1,3 BILHÃO, ou seja, um bilhão e 300 milhões de dólares.

‘Eu reavejo ou reavenho?’ Veja a qual a forma correta


qua, 07/11/12
por Sérgio Nogueira |

Meus amigos do sul estão querendo testar o meu grau de “gauchês” ou, como disse um mais mordaz, até onde eu já “acarioquei” e perdi minhas raízes.
Outro dia, falei aqui a respeito do meu “neurônio remanescente” e afirmei que a velhice tem dois sintomas: tenho a certeza de que o primeiro é a falta de memória; do segundo ainda não consegui me lembrar.
Estou “levemente” desconfiado de que estão me chamando de velho, por isso resolveram testar a minha memória. Vamos ao teste.
“Professor, você se lembra de algum “amigo secreto”, em algum dia do seu passado comeu “bolo abatumado”, viu algum “beque abrir o açougue”, “levou algum trompaço no meio das aspas”, contou alguma “atochada”, ficou “atucanado”, comeu como um “bagual”, namorou alguma “bagaceira”, conheceu um “baita balaqueiro” e um “boi-corneta”, levou uma “bangornada” na cabeça ou, pelo menos, levou uma “biaba”,morou em uma “biboca”, falou muita “bobajada” e participou de um “bolo-vivo”?”
A maioria dos meus leitores deve ter “boiado” completamente. Os mais jovens não devem ter entendido “patavina”.
Para quem não entendeu coisa alguma e para provar quanto a minha memória é boa, e quanto as minhas raízes porto-alegrenses estão vivas, vamos à resposta do teste e às devidas explicações.
“Amigo secreto”, no sul, é aquela troca de presentes que, aqui no Rio, chamamos “amigo oculto”. Por sinal, segundo o espírito da brincadeira o nome “amigo secreto” me parece mais coerente. Um bolo “abatumado” é o mesmo que bolo “solado”, ou seja, a massa fica pesada por falta de fermento em quantidade adequada. Um “beque abre o açougue” quando um zagueiro do Grêmio começa a jogar violentamente, dando pontapés ou “entradas” desleais nos atacantes colorados. “Levar um trompaço nas aspas” é bater com a cabeça, mais precisamente com os chifres. “Atochada” é uma mentira e “atucanado” é preocupado, aborrecido, nervoso, talvez estressado. “Bagual” verdadeiramente é um cavalo arisco (não castrado) e é, ainda hoje, usado para designar uma coisa boa, muito especial. “Bagaceira” é uma coisa ou mulher desprezível, pobre, tida como baixa, vagabunda. Um “baita balaqueiro” é um grande mentiroso, é aquele que “canta muitas vantagens”, e “boi-corneta” é o sujeito do contra, o negativo, o pessimista. Levar uma “bangornada” na cabeça é levar uma batida forte, um golpe ou, como se diz popularmente hoje, uma “porrada”, que, por sua vez, vem de porretada, golpe de porrete. Levar umas “biabas” é levar uns tapas. Morar numa “biboca” é num lugar pequeno, numa vila ou cidadezinha distante, pobre e de difícil acesso. “Bobajada” são besteiras, bobagens.
E, por fim, o “bolo-vivo”, que merece uma descrição: dança ritual que se fazia nos aniversários de 15 anos das meninas. Eram 15 pares em círculo, com velas acesas. No meio, a aniversariante começava a dançar uma valsa com o pai. Depois, todos os casais também dançavam, à medida que a aniversariante apagava a vela de cada casal. Se você achou um pouco ridículo, não fale. Eu também sempre achei, mas alguns “bolos-vivos” foram até interessantes…
O verbo REAVER
1. Eu REAVEJO ou REAVENHO ?
Nenhum dos dois.
O verbo REAVER é defectivo: no presente do indicativo, só há nós REAVEMOS e vós REAVEIS; no presente do subjuntivo, nada; no pretérito e no futuro, segue o verbo HAVER.
A solução é “eu estou reavendo” ou substituir por um sinônimo: “eu recupero”.
2. Eles REAVERAM ou REAVIRAM ?
É a “famosa” dúvida do nada com coisa alguma. Nenhum dos dois.
O certo é REOUVERAM, porque REAVER é derivado do verbo HAVER: ele houve – ele REOUVE; nós houvemos – nós REOUVEMOS; eles houveram – eles REOUVERAM; se eu houvesse – se eu REOUVESSE; quando ele houver – quando ele REOUVER.
Crase?
Leitor quer saber qual é a forma correta: “O horário da reunião é de 8 às ou as 17 horas”.
Nem uma coisa nem outra.
Escreva: “O horário da reunião é das 8h às 17h”.
Abreviaturas?
Dúvida de uma leitora: “Verifiquei que o senhor escreve 21h30. Qual é o correto: 21h30min ou 21h30?”
Oficialmente é 21h30min, mas no jornalismo, por uma questão de espaço, prefiro 21h30.
Coisas da vida.

DESAFIO

Qual é a forma correta?
1)    O ____________ (chipanzé ou chimpanzé) fugiu do circo.
2)    Os _____________ (extratos ou estratos) sociais do Brasil são menos injustos do que os da Índia.
3)    O governo agiu com ______________ (descortino ou descortínio) na solução da questão.
Respostas:
1. Tanto faz. O Vocabulário Ortográfico da ABL e o novo dicionário Aurélio registram as duas formas: chimpanzé e chipanzé (como forma variante).
2.  ESTRATO. “Estratos sociais” são “camadas sociais”.
3. DESCORTINO. “Descortino” vem de “descortinar”, que significa “tirar a cortina”, “avistar, descobrir, antever”.

‘Se eu ver’ ou ‘se eu vir’? Veja como conjugar o futuro do subjuntivo


qua, 31/10/12
por Sérgio Nogueira |
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Formação do FUTURO do SUBJUNTIVO
O futuro do subjuntivo indica um futuro hipotético.
É usado principalmente em orações condicionais (se…) e temporais (quando…).
Deriva-se da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (trocar a terminação “ram” por “r”): eles fizeram (– “ram”) > fize (+ r) = se eu fizer ou quando eu fizer; eles trouxe(ram) = quando eu trouxer; eles quise(ram) = se eu quiser…
Veja mais exemplos:
Infinitivo  – Pret. Perf. Ind. (3ª plural) = Fut. do Subj. (se ou quando…)
DIZER     – Eles disse(ram)               = disser
PÔR        – Eles puse(ram)                = puser
SER e IR – Eles fo(ram)                     = for
VIR          – Eles vie(ram)                   = vier
VER         – Eles vi(ram)                     = vir
É por isso que o futuro do subjuntivo do verbo VER fica: “se eu vir o filme”; “quando você vir o resultado do teste”; “quando nos virmos novamente”; “se vocês virem a verdade”…

CRASE?

Observação do leitor: “Lendo sua coluna, estranhei a crase na frase ‘Isso não está adequado à nossa empresa’. Favor corrigir-me se eu estiver errado, pois entendo que antes de pronome demonstrativo não se usa crase.”
Temos aqui uma pequena confusão. É correto afirmarmos que jamais ocorre a crase antes dos pronomes demonstrativos. O problema é que pronomes demonstrativos são este, esta, estes, estas, isto, isso, esse, essa…
Assim sendo, não haverá crase em:
“O diretor referiu-se a esta proposta.”
“Fazia referência a essa situação…”
Com pronomes demonstrativos, só é possível haver crase com os pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas e aquilo:
“O diretor referiu-se àquela proposta.”
“Fazia referência àquele fato.”
Na frase a que se refere o leitor, o que temos é um pronome possessivo: nossa. Nesse caso, quando o pronome possessivo está no feminino e no singular (minha, tua, sua, nossa e vossa), o uso do acento da crase é facultativo, porque pode haver o artigo definido ou não:
“Estamos a ou à sua disposição.”
“Isso não está adequado a ou à nossa empresa.”

LITERALMENTE existe?
Leitor afirma: “A palavra literalmente não existe. O Aurélio e o dicionário Michaelis não a registram.”
Existe sim.
Os advérbios de modo terminados em “mente” são derivados de adjetivos: rápido – rapidamente; leve – levemente; claro – claramente; suave – suavemente; literal – literalmente…
Os dicionários, em geral, só registram os adjetivos. Isso não significa que os advérbios derivados “não existam”.
Dizer que “a frase foi traduzida literalmente” significa que a frase foi traduzida “ao pé da letra”, ou seja, “sem nenhuma alteração”, “exatamente como foi escrita no texto original”.
Inadmissível é usar o advérbio “literalmente” com o sentido de “completamente ou totalmente”: “O atacante estava literalmente impedido”; “A janela está literalmente fechada”.
Pior ainda é usar “literalmente” em frases metafóricas:
“O estádio tornou-se literalmente um caldeirão”. Se fosse verdade, todos morreriam cozidos.
“Neste domingo, Neymar parou literalmente o Brasil”. Impossível, absurdo.
“Na entrevista coletiva, o técnico estava literalmente sem saco”. Sem comentários.

Brilhava OU brilhavam?

Leitora critica: “Na frase ‘era um pisca-pisca musical no qual brilhava cerca de 100 luzinhas’, o verbo brilhar pode ser usado no singular? Por quê? Porque ‘cerca de’ permite (ou exige?) que o verbo seja empregado no singular?”
Não exige nem permite. Minha querida e atenta leitora, pode ter sido apenas um erro de digitação. O verbo deveria estar no plural para concordar com o núcleo do sujeito (= luzinhas).
Quando usamos as expressões “cerca de”, “perto de”, “por volta de”, “em torno de”, o verbo deve concordar com o núcleo do sujeito (=substantivo):
“Cerca de dez alunos compareceram à aula.”
“Perto de 200 candidatos já foram reprovados.”
“Por volta de 50 inscritos desistiram.”
“Em torno de 2 mil torcedores viajaram.”
Assim sendo, o certo é “…na qual brilhavam cerca de 100 luzinhas”.

DESAFIO

Qual é a forma correta:
“A sociedade ONDE ou EM QUE vivemos…”?
As duas formas são possíveis. Eu prefiro dizer “…a sociedade em que vivemos…”
Se nós vivemos “em algum lugar”, nós podemos usar o pronome “onde”. O problema é que “sociedade” não caracteriza bem um “lugar”, por isso prefiro usar a forma “em que”. Se fosse mundo, país ou cidade, não haveria dúvida alguma de que as duas formas estariam perfeitas: “…o mundo onde ou em que vivemos”.
Erro mesmo seria dizer “…a sociedade que vivemos…”

Veja exemplos de como aplicar a ‘concordância ideológica’


qua, 24/10/12
por Sérgio Nogueira |
Conforme o prometido, as “rapidinhas” estão de volta. São aquelas perguntas dos internautas que permitem uma resposta curtinha.
1ª) Observação do leitor: Em “Por mais que os brasileiros estejamos anestesiados com tantos casos de corrupção…”, a concordância do verbo está correta? Ora, o sujeito (os brasileiros) está na 3ª pessoa do plural (eles). A frase correta seria “…os brasileiros estejam…”, a menos, é claro, que o verbo fosse antecedido por “nós, os brasileiros”. Essa estranha mescla seria um novo estilo? Ou a inovação não passa de mero modismo?”
Segundo a lógica gramatical, você tem razão. Se o sujeito (=os brasileiros) está na 3ª pessoa do plural, o verbo deve concordar na 3ª pessoa do plural (=estejam).
O que você chamou de “estranha mescla” é uma figura de estilo chamada silepse. É uma figura de sintaxe em que a concordância é feita com uma ideia subentendida, e não segundo a lógica gramatical. É também conhecida por concordância ideológica. No caso em questão (=os brasileiros estejamos), há uma silepse de pessoa (= 3ª pessoa com 1ª pessoa). O verbo está concordando com a ideia subentendida (= nós, os brasileiros; eu também, porque sou brasileiro). É o mesmo caso de “Todos decidimos adiar as provas”, ou seja, subentende-se “todos nós; todos inclusive eu”. Segundo a lógica gramatical, seria “Todos decidiram adiar as provas”.
2ª)  Fala, leitor: “Como eu continuo a aperfeiçoar o meu português, estou enviando mais uma pergunta. Na frase “Napoleão, como fossede baixa estatura, chamavam-lhe os seus soldados o nosso pequeno corporal”, o uso do pretérito imperfeito do subjuntivo está correto?”
Meu caro leitor, sua dúvida procede. Como Napoleão era realmente baixo, é um fato e não uma hipótese, devemos usar o modo indicativo em vez do subjuntivo. Assim sendo: “Napoleão, como era de baixa estatura, chamavam-lhe os seus soldados…”
3ª) Leitora quer saber: “Qual é a forma correta para um material revestido de borracha: aborrachado ou emborrachado? Certa de que seria emborrachado, fui ao Aurélio e ao Michaelis, e, para minha surpresa, emborrachar só aparece com a definição de embriagar-se. Seria, então, aborrachado, como acolchoado, aveludado…?”
Minha querida leitora, nada de conclusões apressadas. Não há registro de “aborrachado” no dicionário Michaelis, nem no novíssimo Aurélio, nem no Vocabulário Ortográfico da ABL. Quanto ao emborrachado, os dicionários mais antigos só registram o sentido de “embriagado”, mas a última edição do dicionário Aurélio já apresenta o adjetivo emborrachado nos dois sentidos: “embriagado” e “revestido de borracha”.
Portanto, já podemos comemorar o nascimento do “emborrachado” no sentido de “revestido de borracha”. Mas não é por isso que vamos nos emborrachar.
4ª) Comentário de outra leitora: “Não sei como foi comentada a concordância nos painéis informativos da CET-Rio, onde se lê: Condições do trânsito: BOM, LENTO etc.”
O trânsito pode estar BOM ou estar LENTO. As condições do trânsito podem estar BOAS, mas as condições jamais estarão “LENTAS”.
Apesar do seu rigor, o registro está feito.
O uso da língua nem sempre segue regras rigorosas. Um pouco de flexibilidade faz bem. O subentendido faz parte do uso da língua portuguesa no Brasil. Se assim não fosse, ninguém “ligaria o ar”. Se alguém não entendeu, é bom lembrar que, no Brasil, “ligar o ar” é perfeitamente entendido. Não preciso pedir que “se ligue o aparelho de ar-condicionado”.
Não conformidade ou Não-conformidade?
Crítica de uma leitora: “Há tempos aprendi. Quando o “não” ligar-se a um substantivo, usamos hífen: não-conformismo, não-intervenção, não-flexão, não-pagamento, não-quitação; quando o “não” ligar-se a um adjetivo, não usamos hífen: não descartável, não durável, não flexionado, não resolvido…
Assim sendo, devemos usar não-conformidade, pois conformidade é substantivo.
Como explicar o não-governamental?”
Essa “regrinha” nunca foi muito respeitada. Na verdade, o Vocabulário Ortográfico da ABL e os nossos dicionários apresentavam vários adjetivos com hífen: não-engajado, não-esperado, não-formatado, não-verbal…
Agora o problema acabou: segundo o novíssimo VOLP (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa), publicado pela Academia Brasileira Letras após o novo acordo ortográfico, NÃO HÁ HÍFEN após o elemento NÃO usado como prefixo.
Assim sendo, todas as palavras formadas com o elemento NÃO devem ser escritas SEM HÍFEN: não conformidade, não agressão, não pagamento, não fumante, não governamental…
DESAFIO                  
Qual é a forma correta?
“As estradas estão…
a)    mal conservadas;
b)    mal-conservadas; ou
c)    malconservadas.”

                   A resposta correta é MALCONSERVADAS (tudo junto, sem hífen).
Quanto ao uso de MAL como prefixo, o novo acordo manteve a regra antiga: só há hífen se a palavra seguinte começar por H ou VOGAIS: mal-humorado, mal-amado, mal-educado, mal-intencionado.
Com as demais letras, devemos escrever sem hífen: malconservado, malcriado, malformado, maldizer, malpassado, malmequer…

Saiba por que não podemos chamar ‘defensor da natureza’ de ‘ecologista’


qua, 17/10/12
por Sérgio Nogueira |
categoria Dicas
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Leitores pedem a palavra. Como este espaço é bem democrático, aqui estão alguns comentários interessantes.
1º) “Alguém já disse que uma mentira repetida à exaustão acaba virando verdade. Isto está acontecendo com algumas palavras da língua portuguesa que, de tanto serem repetidas de maneira errada ou inadequada, acabam por serem aceitas como corretas e vem daí a minha indignação. ECOLOGIA, por exemplo, é a parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ou o ambiente em que vivem.
Pois bem, as pessoas andam usando e abusando da palavra para designar os danos causados ao meio ambiente. Tanto a imprensa escrita como a falada cometem o mesmo erro. Leio e ouço a toda hora expressões como: ‘O vazamento de óleo causou danos à ecologia’; ‘Os prejuízos causados à ecologia pelo desmatamento…’ O vazamento de óleo e o desmatamento causam danos ao meio ambiente, aos animais, às plantas e não à ecologia que, de acordo com a sua definição, é uma ciência que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente e não o próprio meio ambiente. O senhor concorda comigo?”
Concordo. A exemplificação da leitora é claríssima.
Outro caso que me incomoda é chamar qualquer defensor da natureza de ecologista. Um simples amante e defensor da natureza pode ser chamado de ambientalista. Ecologista é o estudioso, é quem estuda a ciência (=ecologia).
2º) “Eu gostaria de saber se está correto o modo como
muitas empresas estão usando atualmente o gerúndio no trato com o cliente. Coisas do tipo: ‘Amanhã estaremos enviando para o senhor…’ e ‘Quando o senhor estiver recebendo, queira por favor estar nos confirmando o recebimento’. Isso pode até ser (ou poderá estar?) gramaticalmente correto, mas não é uma forma antipática de se expressar?”
É antipática e inaceitável.
Já falamos sobre o assunto aqui nesta coluna, mas é sempre bom repetir.
Nós já vimos que o gerúndio, fundamentalmente, indica tempo simultâneo ou ação durativa. Fica totalmente ilógico o uso do gerúndio como se fosse futuro. Em vez de “estaremos enviando”, devemos simplesmente dizer “enviaremos ou vamos enviar”; em vez de “quando o senhor estiver recebendo”, diga “quando o senhor receber” (=futuro do subjuntivo); em vez de “queira por favor estar nos confirmando”, basta “queira nos confirmar” (=infinitivo).
3º) “Esta frase eu ouvi de Totonho, um capataz de Rondonópolis – MT. Totonho relatava um caso de picada de cobra em um peão: ‘Aí, eu falei pro caboclo: – Pelo amor de Deus, não vai me morrer agora. E não é que o caboclo me morre!’ Por favor, dê sua opinião sobre ela.”
É óbvio que uso do pronome “me” é totalmente desnecessário. Sua presença na frase caracteriza uma linguagem tipicamente regional. Pior é o gaúcho que tem a mania de dizer “eu me acordei lá pelas 11h”. Fico imaginando o gauchão, ainda dormindo, “catucando” a si mesmo para “se” acordar.
4º) “Eu não tenho muita fé nos letrados. Pois como podem eles (portugueses, brasileiros e outros de países de língua portuguesa) tomar decisões que só podem resultar em confusão? Os tais letrados resolveram abolir o acento agudo que diferencia o presente do passado! Caso concreto: a sua coluna começa com um ‘lançamos’ que me fez voltar atrás para reler o início da frase. Isso é mudar a escrita sem adquirir nenhum benefício, antes pelo contrário: é mudar por mudar.”
É bem provável que a maioria dos leitores brasileiros não tenha entendido a crítica do nosso leitor português. Em Portugal, a primeira pessoa do plural do presente do indicativo é pronunciada diferentemente da primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo: nós lançamos (vogal “a” com timbre fechado = presente) e nós lançámos (vogal “a” com timbre aberto = passado).
Aqui no Brasil, nós não fazemos distinção alguma: pronunciamos “nós lançamos”, com timbre fechado, tanto no presente quanto no passado.
A reclamação do nosso leitor se deve ao fato de o acento agudo ter sido abolido. Hoje devemos escrever “lançamos” sem acento em qualquer situação, daí a confusão. No Brasil, não sentimos o problema mais concretamente porque nunca usamos o tal acento, afinal nunca fizemos distinção de pronúncia entre o presente e o pretérito perfeito.
5º) “Não haveria crase em anterior a ação de chegar?”
Tudo que é anterior é anterior “a” alguma coisa. Isso significa que temos a preposição “a”;
“A ação de chegar” é uma ação determinada. Isso significa que temos o artigo definido feminino “a”.
Assim sendo, ocorre a crase. O correto é colocarmos o acento grave para indicar a crase: “…anterior à ação de chegar”.
6º) “Qual é a expressão correta: Amanhã irei ao vernissagem ? ou Amanhã irei à vernissagem ?”
Segundo os dicionários Aurélio e Michaelis, a grafia correta é vernissage e é um substantivo masculino. Portanto, “…irei ao vernissage”.
O Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira Letras registra as duas formas: vernissage (substantivo masculino) e vernissagem (substantivo feminino).
Assim sendo, nós podemos ir “ao vernissage” ou “à vernissagem”.
7º) PRESCREVER ou PROSCREVER?
PRESCREVER = “receitar” = “Para o tratamento das minhas alergias, o médico
prescreveu banho frio”; “perder a validade” = “O prazo de validade dos remédios já prescreveu”;
PROSCREVER = “banir, abolir, expulsar” = “No meu tratamento, o banho frio foi proscrito.”
Observem o cuidado que os médicos devem tomar ao usar os verbos PRESCREVER e PROSCREVER. No caso do tratamento de alergias, se o médico prescreve, o paciente vai tomar banho frio; se o médico proscreve, o paciente só vai tomar banho quente. Isso significa que, por causa de uma letrinha, o paciente pode passar muito mal, não ficar curado das suas alergias ou coisa pior.

Entenda as formas do pretérito mais-que-perfeito do verbo ‘dizer’


qua, 10/10/12
por Sérgio Nogueira |
A minha dívida com os leitores está tão grande que está se tornando “impagável”. Preciso responder urgentemente a algumas “acusações”. Em razão disso, o nosso caso de hoje será um imenso mea culpa.
1ª) “Que eu saiba, o pretérito mais-que-perfeito do verbo dizer é dissera. Tinha dito é particípio passado. Tô certo ou tô errado?”
Meu caro leitor, você “tá mais ou menos certo e mais ou menos errado”.
Quanto à forma do mais-que-perfeito do verbo DIZER, você está certíssimo. O problema é que você se esqueceu da forma composta, ou seja, dissera é a forma simples do mais-que-perfeito do indicativo, e tinha dito é a forma composta. Assim sendo, nós temos duas opções: fizera ou tinha feito; saíra ou tinha saído; pusera ou tinha posto; viera ou tinha vindo…
2ª) Gostaria de saber a razão pela qual sempre se usa “No domingo que vem, TEM mais”, em vez de “No domingo que vem, HÁ mais”.
Eu já expliquei aqui o porquê da preferência pelo verbo TER. Mas vale a pena repetir.
Sei perfeitamente que, segundo o padrão culto da língua portuguesa, devemos evitar o uso do verbo TER com o sentido de “haver, existir”. Entretanto, como já foi explicado, para se despedir, muitos optam por uma linguagem mais coloquial, com um tom mais familiar. Só isso.
3ª) “Concordo com as regras dos chamados pecados mortais da crase do professor Édison de Oliveira “em regra”. A exceção que confirma uma delas é o caso em que há uma palavra ou expressão oculta. Por exemplo: Filé à (moda) Oswaldo Aranha – ou seria “churrasco”?”
O nosso leitor tem razão. Como bom gaúcho, deve ser churrasco mesmo. Quanto aos “pecados mortais”, é importante lembrar que são apenas “dicas”. Quando afirmamos que não ocorre a crase antes de palavras masculinas, é apenas para facilitar um pouco a vida daqueles que consideram a crase a “coisa mais difícil da língua portuguesa”. O caso do “churrasco à Oswaldo Aranha” não é propriamente uma exceção, e sim uma outra situação.
E o nosso leitor também tem razão quando afirma que devemos usar o acento grave indicativo da crase sempre que houver a palavra “moda (ou estilo) subentendida: “filé à milanesa”, “vestir-se à 1970”, “escrever à Camões”…
4ª) Leitor: “A confusão continua. O senhor insiste em chamar acento grave de crase. Por favor, pare com isso.”
Tecnicamente, o nosso leitor está certíssimo. O acento (`) chama-se grave, e crase é o fenômeno fonético em que ocorre a fusão de duas vogais iguais (a+a=à). Assim sendo, não devemos dizer que o “à” está craseado. O certo é dizer que a vogal “a” recebeu o acento grave (`) para indicar que ocorre uma crase (=fusão da preposição “a” com outro “a”).
Tenho a certeza de que, com essa explicação, ninguém mais vai continuar fazendo confusão. Agora o uso do acento grave indicativo da crase ficou “bem mais fácil” de ser entendido…
5ª) Saiu nesta coluna: “em textos que exijam uma linguagem formal, devemos evitar o uso da expressão em anexo”.
Os leitores têm razão: é uma questão de estilo. Eu prefiro a forma “anexo” a “em anexo”. Só isso. É lógico que o uso de “em anexo” também está correto. Não afirmei que estava errado. Apenas afirmei que prefiro: “O formulário segue ANEXO a EM ANEXO”.
Se alguém preferir fazer outra consulta, a Moderna Gramática Portuguesa do meu querido mestre Evanildo Bechara também registra as duas formas.
“Levar ele” ou “Levá-lo”?
Pergunta de um leitor: “Gostaria de saber se o que saiu publicado numa revista é considerado aceitável ou se está errado mas passou batido: ‘Não deu para comprar um presentinho? Bobagem, leva ela para passear a assistir uma pelada no Sol Ipanema, tomar um chope’. Que tal?”
O que explica, mas não justifica, o desrespeito às regras gramaticais é o fato de o texto apresentar um tom coloquial.
A norma padrão ainda condena o uso do pronome reto (ele, ela) na função do objeto e a regência do verbo assistir (=ver, presenciar) como transitivo direto.
Em textos formais, que exijam o padrão culto da língua portuguesa, devemos usar:
LEVÁ-LO, em vez de “levar ele”;
(Os pronomes pessoais oblíquos “o, a, os, as” devem ser usados na função de objeto);
ASSISTIR A uma pelada, em vez de “assistir uma pelada”.
(O verbo ASSISTIR, no sentido de “ver, presenciar”, é transitivo indireto).

MORTO ou FALECIDO?

Comentário de um leitor: “Toda vez que nossos jornais fazem alusão a pessoas já falecidas, é assim noticiado: ‘Darci Ribeiro, morto no ano tal…’ Parece que o ilustre antropólogo foi morto por alguém, que sua morte não foi decorrente de causas naturais.”
Concordo com o nosso leitor. Embora morto e falecido sejam palavras sinônimas, o uso da forma “morto” pode causar ambiguidade. Nesses casos, prefiro a forma falecido, embora não seja usual no meio jornalístico.

fonte: http://g1.globo.com

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